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Supermercados registram deflação em Maio


Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), registrou deflação em maio, com queda de 0,61%. O resultado contribuiu para desacelerar o acumulado do ano, que está em alta de 3,04%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IPS registrou um aumento de 7,82%, ainda refletindo os efeitos da quebra de safra do feijão, em 2018, que registrou em uma alta de mais de 100% no preço nas gôndolas, e do dólar que permaneceu em patamares acima de R$ 4,00 por um longo período. “Vivemos a expectativa da votação da reforma da previdência e que ela seja aprovada sem alterações significativas em seu texto original. Considerando esse cenário, esperamos um segundo semestre com a economia destravada, o dólar em queda e os preços mais estáveis nos supermercados”, analisou o economista da APAS, Thiago Berka. Índice de Preços dos Supermercados (IPS/APAS)

Em maio, das 27 categorias acompanhadas, apenas oito apresentaram inflação e 19 mostraram queda de preços. Este cenário é muito melhor do que o observado no mês anterior, quando foram registrados aumentos em 17 categorias:

Destaques de Maio Feijão: colheita produtiva no campo fará preços voltarem ao normal As safras dos meses de abril e maio no Brasil foram muito proveitosas e resultaram no aumento da oferta no mercado interno. O preço do quilo do feijão, que disparou no primeiro trimestre de 2019 e atingiu patamares entre R$ 10 e R$ 12, agora começa a atingir os patamares anteriores à quebra de safra no Paraná e é comercializado a R$6 o quilo em algumas regiões do Brasil. “A saca, que chegou a algo entre R$ 300 e R$ 400, já caiu para cerca de R$ 150. O bom resultado apresentado no Paraná, que obteve 8% a mais de área plantada e ótimo desempenho no campo obtido pelos produtores, deve manter quedas do preço do feijão para os próximos meses”, avaliou Berka. Carnes: aves e bovinos continuam em escalada de alta Com o dólar ainda em alta, as exportações seguem influenciando os preços das carnes no geral. O grupo de aves registrou alta de 2,60% em maio e, no ano, elevação de 5,74%, principalmente impulsionado pelo preço do frango, que subiu 3% em 2019. Já a carne suína apresentou queda de 1,38%, mostrando que o aquecimento do mercado chinês apresentado em abril não se repetiu em maio. As carnes bovinas tiveram alta de 1,10% em maio e chegaram a alta de 1,58% no ano. Porém, este cenário de inflação pode mudar em junho e julho, fazendo os preços voltarem a cair. “Uma vaca foi encontrada a ‘doença da vaca louca’ no Mato Grosso e o Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente a exportação do produto para a China por questão protocolar do acordo entre os dois países. Dependendo do tempo desta suspensão, os preços podem aliviar nos próximos meses nos supermercados”, explicou o economista da APAS. Hortifrutigranjeiros: frutas, tomate e cebola deflacionam os preços Entre as frutas com maior peso, a laranja caiu 6% em maio. A safra deste ano começou boa, com uma colheita 36% maior que a de 2018, e isso indica que seu o valor deve cair ainda mais ao longo do ano. A maçã é outra fruta que, pelo mesmo motivo, teve redução no preço e caiu 7,3%. Em relação ao tomate, a colheita da safra de inverno foi intensificada em maio, o que gerou a queda de preços pela oferta maior do produto. A deflação do tomate foi de 22,1% em maio, a maior para um mês desde 2010. A tendência é que o produto siga em queda, mas em patamares bem menores. Outro produto muito consumido pelo brasileiro que também apresenta queda no preço é a cebola. A hortaliça entrou em processo de safra, o que fez as importações da Argentina diminuírem e, consequentemente, o valor do produto caiu 5,56% nas gôndolas dos supermercados. Informações adicionais

Os 10 produtos que apresentaram as maiores variações negativas:

Os 10 produtos que apresentaram as maiores variações positivas:

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